Seabra : "começamos no 3-1-6, terminamos no 2-1-7"

FERNANDO SEABRA: “Mudamos a estrutura para tirar o tempo dessa distribuição deles por fora, porque eles fazem esse triângulo. Fomos felizes e o Lautaro foi muito rápido nessa abordagem ao Advíncula e ele acabou verticalizando e individualizando sem critério, o Romero roubando a bola e ele fez a falta. Essa expulsão equilibrou do ponto de vista energético o jogo. Digo isso porque jogamos segunda-feira com viagem e o Boca jogou no domingo, em casa, e poupou nove titulares. Nós ainda fizemos uma certa mescla. Continuamos mais intensos, fizemos 2 a 0 e tivemos perto de fazer o terceiro gol. Continuamos atacando de forma rápida e vertical, trabalhando pouco a bola de um lado pro outro e poderíamos ter feito isso pra cansar o Boca Juniors.”

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“Continuamos na mesma intensidade defensiva e verticalidade ofensiva e uma hora baixamos um pouco a energia e o Boca subiu no campo de ataque. Sofremos um gol de bola parada e precisamos analisar com calma. Sabíamos que estávamos enfrentando uma grande equipe acostumada a jogar fora de casa, com um a menos, jogadores de alto nível experientes. Uma equipe vice campeã da Libertadores com a base que perdeu para o Fluminense. Mesmo com um a mais não se tornou fácil diante da qualidade do adversário.”

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“Iniciamos o jogo num 3-1-6 e depois voltamos no segundo tempo dessa forma, não estávamos conseguindo ter presença de último terço e fizemos as trocas antecipando elas para que voltássemos a ter mais presença na área do adversário e aos 35′ do 2T fomos pra um 2-1-7. Sofremos um contra-ataque nessa estrutura que quase resulta no gol adversário, é um tipo de emergência ofensiva que não se pode fazer por muito tempo que uma hora o adversário terá o contra-ataque. Colocamos dois centroavantes, buscamos gerar oportunidades, teve bola na trave do Matheus, teve defesa do Rojo na cabeçada do Arthur, e o Boca também muito intenso nas subidas de pressão, apostando em erros nossos pra sair em contra-ataque, mostraram que sabem jogar com um a menos no 4-3-2.”

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LUCAS ROMERO: "Tem um sabor especial, sabor de revanche. Perdemos (em 2018) quando o time vinha muito bem. Não tinha conseguido jogar \esse jogo. Os tempos são outros. Mas a torcida é a mesma, e com certeza está feliz. Para mim, argentino também. Sei da grandeza do Boca. Sair vencedor é bom. Minha família também fica feliz na Argentina."

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ZÉ IVALDO:ZÉ IVALDO: "Quero pedir desculpas a torcida do Cruzeiro pelo jogo de merda que fiz hoje. Não acertei nada, mesmo assim não abaixei a cabeça e deixei me levar porque sabia que os meus companheiros precisavam de mim e quero pedir desculpa a torcida. Fomos pegos de surpresa com a expulsão também, mesmo assim continuamos em cima buscando o primeiro e segundo gol, depois durante a partida baixamos muito e ficou um jogo de transição antes mesmo de terminar as jogadas, então nosso time ficou espaçado e o time deles jogando primeira e segunda bola, foi assim que saiu o gol.”

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DOUGLAS VELLOSO: "Sobre a partida: a linha de defesa do Cruzeiro fez uma partida muito abaixo do que já mostrou - muitos erros de passe, erros de saída forçados, laterais presos e distantes. E todo esse enredo com um jogador a mais no campo e dois volantes de contenção. E outro ponto é a questão da concentração e do mental: o Cruzeiro correu demais, não faltou vontade - mas faltou experiência, faltou entender o jogo e o que a partida oportunizou. A oscilação é natural, não pode ser natural o desleixo com o coletivo, sempre tão laureado com o Seabra e que funciona (já tivemos diversos exemplos na temporada). Precisa retomar essa força coletiva e para isso precisa de concentração e de cobrança."

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JANILSON VIANA: "Classificação sofrida! A expulsão logo de cara ajudou, Matheus Henrique pôde atuar sem muitos compromissos defensivos. O Boca ficou meio "grogue" e os espaços apareceram. O placar foi aberto após uma roubada de bola na intermediária do Lautaro, logo em seguida quase o adversário empatou num erro tosco na saída de bola, o segundo gol veio após um bate rebate dentro da área. Nesse momento o jogo estava todo a feição do Cruzeiro, mas incrivelmente começou a errar muito, desde a marcação frouxa na saída de bola da equipe argentina, passando por uma marcação muito distante e entregadas bobas na saída, no apagar das luzes da primeira etapa o castigo veio, os xeneizes marcaram, o sistema defensivo falhou e Cássio também, era uma bola defensável. O segundo tempo foi um horror, quase tomou o empate e no final de forma meio irresponsável, Seabra mexeu errado. Se fosse um arbitro mais tendencioso, as coisas iriam para o vinagre ainda no jogo. Nas penalidades, os 9 primeiros pênaltis foram impecáveis, felizmente Merentiel sentiu a pressão e acabou exagerando na força. "